Jesus ainda permanece no sepulcro, por isso é dia de profundo silêncio e descanso. Segundo uma antiqüíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor. É a mãe de toda as vigílias. A Vigília Pascal é o cume do ano litúrgico. Sua celebração ser realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. É a Vigília Solene, cuja ação forma uma unidade iniciando com a Celebração da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e terminando com Liturgia Eucarística.
O que a Igreja nos transmitiu até a atualidade é que o Sábado após a morte de Jesus é o dia do grande silêncio e é esta a atitude mais coerente para com ele.
Imaginemos que, pelo que nos ensina a Santa Igreja, falando na oração do "Creio" que Jesus "desceu à mansão dos mortos", que ele desceu ao inferno. Aqui é interessante citar um trecho de uma antiga homilia no grande Sábado Santo, feita no século IV e lida até hoje neste dia, durante o Ofício das Leituras, na Liturgia das Horas: "Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos".
A grande mensagem deste dia, mesmo que sem falar num sentido histórico, vemos que aqui a história da salvação se faz plena: o Filho de Deus, figura do Bom Pastor, resgata por sua morte, a liberdade e a condição de adoção filial perdida no Paraíso, e o faz a começar dos primeiros pais. Por mais que estes sejam figuras mitológicas, para os seguidores de Jesus, são arquétipos de uma verdadeira guinada existencial para Deus!
Retirado do Blog da Paróquia de Santa Luzia
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