Viu o que ela é capaz de fazer?
A nova identidade das redes sociais emerge quando um caldeirão de
jovens sonhadores, famintos por mudanças, ocupa as praças e ruas de alguns
países do Oriente Médio, que vivem sob ditaduras e/o democracias disfarçadas.
Mobilizam-se através do Twitter, Facebook para se unirem e dizer: basta de
ditadura, de nos tratar como subalternos. Não dar pra aceitar passivamente a
corrupção dos nossos dirigentes que enriquecem às custas do que é nosso. Não
aceitamos um sistema educacional que não nos prepara para a universidade;
Queremos liberdade e democracia transparente. Não acreditamos mais nos
discursos perfumados de hipocrisia. Não somos mais ingênuos. Sabemos quem
são vocês e quais são seus interesses.
- Ah, ela é perigosa, tenhamos cuidado, dizem os políticos, jornalistas
acorrentados e a mídia tradicional. A rede é muito mais do que simplesmente um
lugar de rever velhos amigos ou fazer novos.
Até pouco tempo, as redes sociais na internet eram apenas uma
"marolinha", uma onda do tempo, vazias de significados, um fenômeno que
passa, diziam eles.
Hoje, os centros acadêmicos, os meios de comunicação, escritores, etc.
estão, não somente mudando o discurso, mas, sobretuDo, tentando entender o
poder das redes na sociedade.
Perguntam-se: qual a influência das redes na primavera árabe? Na queda
de ditadores? Nas manifestações populares que se expandem pela Europa e,
ultimamente, milhares de jovens nos Estados Unidos, com destaque, aos
acampados em Nova York, local do sistema nervoso da economia mundial (Wall
Street)?
Vendo o que vem acontecendo ultimamente, penso que as redes sociais
estejam despertando nos jovens a vontade de sonhar, de se tornarem
protagonistas, de se indignarem diante de um sistema político e econômico
corrupto, que não representa o povo e, muito menos, corresponde com as
necessidades básicas da maioria da população.
O processo de maturidade da rede é feito por quem faz uso dela, não por
quem escreve sobre ela. Aqui está a diferença. É como alguém querer dizer que
um caju é azedo sem nem sequer tocar nele, levando em conta somente sua
aparência externa. É tiro no pé.
Nós sabemos que ela é ainda uma menina, surgiu há menos de dez anos,
está na puberdade, na fase das descobertas, dos questionamentos. E é nesse
período que solta fora o inimaginável.
Aqui, deveria entrar, na minha opinião, o interesse de cada um em saber:
como estou utilizando a rede? Qual sua importância parA o meu projeto de vida?
Quais são minhas áreas/temas de interesses? O que ela significa para a minha
formação intelectual, humana, social e cristã? De que forma, através das redes,
posso exercitar melhor a minha cidadania?
Como cristão, banhado pelas utopias de Jesus de Nazaré – a justiça, o
amor ao próximo, uma religião libertadora, a luta em defesa dos mais pobres –
como elas poderiam entrar em nossas redes e comunidades?
Gostaria que a reflexão em torno das redes fosse mais além e mais
quente, aqui neste espaço. Que questionassem, que discutissem, discordassem.
Seria interessante que incluíssem dentro das reuniões do grupo, o tema em
questão. Embora não os conheço muito bem, penso que a maioria dos membros
do grupo de jovem usa as redes sociais, seja através da internet ou através dos
celulares.
Bom debate,
Um abraço e até o próximo mês.
A nova identidade das redes sociais emerge quando um caldeirão de
jovens sonhadores, famintos por mudanças, ocupa as praças e ruas de alguns
países do Oriente Médio, que vivem sob ditaduras e/o democracias disfarçadas.
Mobilizam-se através do Twitter, Facebook para se unirem e dizer: basta de
ditadura, de nos tratar como subalternos. Não dar pra aceitar passivamente a
corrupção dos nossos dirigentes que enriquecem às custas do que é nosso. Não
aceitamos um sistema educacional que não nos prepara para a universidade;
Queremos liberdade e democracia transparente. Não acreditamos mais nos
discursos perfumados de hipocrisia. Não somos mais ingênuos. Sabemos quem
são vocês e quais são seus interesses.
- Ah, ela é perigosa, tenhamos cuidado, dizem os políticos, jornalistas
acorrentados e a mídia tradicional. A rede é muito mais do que simplesmente um
lugar de rever velhos amigos ou fazer novos.
Até pouco tempo, as redes sociais na internet eram apenas uma
"marolinha", uma onda do tempo, vazias de significados, um fenômeno que
passa, diziam eles.
Hoje, os centros acadêmicos, os meios de comunicação, escritores, etc.
estão, não somente mudando o discurso, mas, sobretuDo, tentando entender o
poder das redes na sociedade.
Perguntam-se: qual a influência das redes na primavera árabe? Na queda
de ditadores? Nas manifestações populares que se expandem pela Europa e,
ultimamente, milhares de jovens nos Estados Unidos, com destaque, aos
acampados em Nova York, local do sistema nervoso da economia mundial (Wall
Street)?
Vendo o que vem acontecendo ultimamente, penso que as redes sociais
estejam despertando nos jovens a vontade de sonhar, de se tornarem
protagonistas, de se indignarem diante de um sistema político e econômico
corrupto, que não representa o povo e, muito menos, corresponde com as
necessidades básicas da maioria da população.
O processo de maturidade da rede é feito por quem faz uso dela, não por
quem escreve sobre ela. Aqui está a diferença. É como alguém querer dizer que
um caju é azedo sem nem sequer tocar nele, levando em conta somente sua
aparência externa. É tiro no pé.
Nós sabemos que ela é ainda uma menina, surgiu há menos de dez anos,
está na puberdade, na fase das descobertas, dos questionamentos. E é nesse
período que solta fora o inimaginável.
Aqui, deveria entrar, na minha opinião, o interesse de cada um em saber:
como estou utilizando a rede? Qual sua importância parA o meu projeto de vida?
Quais são minhas áreas/temas de interesses? O que ela significa para a minha
formação intelectual, humana, social e cristã? De que forma, através das redes,
posso exercitar melhor a minha cidadania?
Como cristão, banhado pelas utopias de Jesus de Nazaré – a justiça, o
amor ao próximo, uma religião libertadora, a luta em defesa dos mais pobres –
como elas poderiam entrar em nossas redes e comunidades?
Gostaria que a reflexão em torno das redes fosse mais além e mais
quente, aqui neste espaço. Que questionassem, que discutissem, discordassem.
Seria interessante que incluíssem dentro das reuniões do grupo, o tema em
questão. Embora não os conheço muito bem, penso que a maioria dos membros
do grupo de jovem usa as redes sociais, seja através da internet ou através dos
celulares.
Bom debate,
Um abraço e até o próximo mês.
Talvacy
2 comentários:
muito bom artigo padre parabens estamos aguardando o senhor proximo ano sei que teremos muito a partilhar.
Maria Do Carmor do Amaral
santo antonio
Padre, estamos felizes por sua contribuição.
As redes sociais são meios diretos e gratuitos de informação e de certa forma diversão. Sendo levado a serio tem se um bom resultado.
Ricarso - Mossoró/BH
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