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A sua juventude deve ser criação, serviço e alegria.

Não reformará o mundo, senão enriquecendo o seu coração.

Por isso, ser-lhe-á necessário dominar a máquina que ameaça devorar a humanidade; reduzir a velocidade, da qual se fez prisioneira, reconquistar o tempo de amar.

“Dêem-me um ponto de apoio”, dizia Arquimedes, “e eu levantarei o mundo”. O seu ponto de apoio deve ser o amor.

Não um sentimento vulgar, mas um amor-combate, um amor-revolta contra a injustiça social.

Rebelem-se, sim, a favor daqueles que nesta noite deitarão no chão, na rua, com fome, dos quais 60% têm menos de 20 anos de idade.

É tempo de acabar com a história desumana da humanidade.

As riquezas do mundo são de todo mundo.

Eis a verdade que precisam conquistar e impôr.

Procuram um objetivo para sua vida?

Faltam médicos no mundo: tornem-se médicos.

Milhões de pessoas não sabem ler e nem escrever: tornem-se professores.

Dois, em cada três, não comem o suficiente ou adequadamente: tornem-se agricultores e, das terras improdutivas, façam surgir as colheitas que os saciarão.

Tornem-se muito nobremente operários, pois todo o trabalho enobrece.

Recusem colocar suas vidas na garagem.

Denunciem, para exaltar.

Disputem, para construir.

Que a sua revolta e a sua cólera sejam por amor.

Sejam, cada um de vocês, jovens, uma parcela, uma centelha de amor.

Façam-no contagioso.

Organizem a epidemia do bem e que ela contamine o mundo!

São fortes os que acreditam que podem e querem construir.

Construam a felicidade, a sua e a dos outros.

Amanhã, verão sua fisionomia: serão seres humanos!