"A Infância de Jesus", novo livro do Papa



O terceiro volume da obra de Joseph Ratzinger/Papa Bento XVI: “Jesus de Nazaré” , referente à infância de Jesus foi apresentado nesta terça-feira, em Roma.
A docente de Teologia na Universidade Católica do Rio de Janeiro, Maria Clara Bingemer, participou da apresentação ao lado Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, e do moderador, Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.
Maria Clara fez uma “reflexão como leitora ressaltando o estilo do livro, que une rigor intelectual, profundidade, erudição, com uma grande espiritualidade”, fundamental na obra, e também muito propício para este período de preparação para o Natal. “É um livro mais para ser meditado, rezado, do que estudado”, afirmou a docente.
Em resposta à pergunta de ZENIT sobre a intenção do autor de conduzir o leitor em direção a uma leitura atualizada do Evangelho, Maria Clara disse que Bento XVI ressalta a "liberdade da criatura humana e como Deus respeita essa liberdade. Deus bate à porta de Maria e pede o consentimento dela para se encarnar, então, é um Deus que não se impõe, mas que se expõe amorosamente, e a criatura, cheia de fé que é Maria, responde que sim”.
"Isso é muito lindo também para as mulheres hoje -prosseguiu Maria Clara- o Papa coloca em relevo a beleza da maternidade que é vocação fundamental para a mulher, mesmo para aquelas que não são mães biológicas, as religiosas consagradas; toda mulher é chamada de certa maneira a encarnar Jesus Cristo no seu corpo e por extensão todo cristão. O sim de Maria é a atitude que todo cristão é chamado a ter, esta é uma mensagem fundamental no livro”.
O livro ressalta também a fé das pessoas, por exemplo, quando comenta a fé de José - afirmou Maria Clara - “ele se vê diante daquela situação onde a sua noiva está grávida, e não é dele, e ele acredita que o que está acontecendo é do Espírito Santo. José aceita o filho que não é dele, o protege, assume, lhe dá nome”.
utro tema destacado pela professora foi o “processo de encarnação do verbo, o processo de crescimento. Não é porque Jesus é Deus, filho de Deus, que está totalmente pronto, ele vai também crescendo, e o Papa fala sobre isso em seu livro, sobretudo quando comenta o episódio do templo”.
O livro foi publicado em nove línguas diferentes e em 50 países e dentro de poucos meses será traduzido em 20 línguas, em 72 países.

Por: Maria Emília Marega, da Agência Zenit

Fonte: Diocese de Mossoró

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